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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

KARINA ALVES GULIAS

( Rio de Janeiro – Brasil )

(Niterói, 1983)  é graduada em Português-Inglês pela UFRJ,
editora assistente, tradutora e revisora eletrônica Confraria,
além de produtora gráfica da editora Confraria do Vento.
Publicou textos e traduções em blogs e nas revistas eletrônicas Confraria e a Zundi.

 

POETAS DE HOJE EM DIA(NTE).  Org. Priscila Lopes e Aline Gallina.  Florianópolis: Letras Conntemporâneas, 2009.   157 p.                    Ex. bib. Antonio Miranda

 

                Terra dos nomes perdidos

 

Parte I – A Primeira História

Uma mãe feita para criar bois [espelhados],
administrar a base da terra para a permanência.
Faz um filho com a massa negra da noite.

Uma mãe feita para criar bois [gigantes]
e aumentar a sua sombra.

Acendeu velas
para o dia ema seria dona de cria.
Com o movimento,
seu nome mudou-se para outra casa;
pertence a outro número. A outro ofício.

Na mudança:
— De todos os rios por que passou,
ficou-lhes terços de seu cabelo, agora branco,
com espuma de mar.

À noite os rios a visitavam e derramavam
transparências em seu peito. De seu ventre, então,
nasceram cabelos de estrelas e espumas de mar. —

Mais uma vez seu nome foi mudado de casa,
até a vontade retrair.
Seus cabelos entram e o nome passou a ser:
poca sombra
e por fim
Nasceu menino.

***


Parte III – Atalho

Filho pulou todos os anos de infantilidade.
As vias do trem eram seu caminho mais curto.
Não ouviu fábulas, nasceu homem.

Um homem sem efabulações é um mártir da dor.
A maldade lhe cai bem.


***

poca sombra, ainda quando via seu nome nascer,
imaginava o caminho de seu filho.  Sempre a andar
sobre trilhos vazios.  O trem vinha de longe.

O caminho de Filho era grandioso.  Sem dor.
Mas o trem a iludiu.
Seu barulho, quando passava, que era grande.

***

[Filho]

O menino cresceu e trocou por bs
Celebrava obus e não opus.
Suas obuses celebravam a vida.

Artifício no. 38:
"a arma condutora de mortos,
metal de teor sulfúrico".

Trabuco:
"Para resfriar o ar e desencobrir o céu".


Parte final

Filho é filho da terra agora.  Para renascer depois.
ser pai.


*

 

 

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Página publicada em agosto de 2022


 

 

 
 
 
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